É preciso ter esperança!

Número de casos, mortos, internados, hospitais, ambulâncias, crise, desemprego e economia em queda… mais teletrabalho, escola em casa, stress, prazos, tarefas… menos abraços, beijos, jantares, saídas, ginásio, almoços, família e amigos… igual a muito desânimo e depressão. Parece a terrível formula matemática dos tempos atuais.

Precisamos de esperança, muita esperança!

Num destes dias, acordei com esta boa noticia: “OutSystems levanta 150 milhões e já vale 9,5 mil milhões de dólares… mais do que a Jerónimo Martins e do que a Sonae”. Sim estamos a falar de uma startup tecnológica Portuguesa. Leu bem, levantou 150 milhões, já vale mais 9,5 mil milhões e é portuguesa. É fantástico, não é? Por esta razão, a pessoa que me deu esta notícia, fez a seguinte pergunta: “como é que isto, não foi notícia de abertura nos telejornais?”. Pergunta essa para a qual não tive resposta, no entanto, acho que estamos todos tão envolvidos nesta onda negativa, que acabamos por sem querer, esquecer tudo o que de bom existe e está a ser feito. Andamos meio perdidos à deriva num mar turbulento, a lidar com todos estes obstáculos, “apagando fogos” sem fim.

Precisamos de esperança, muita esperança!

Por esta razão pergunto: quantos exemplos mais serão necessários, para percebermos que somos muito fortes, demasiado fortes e que vamos superar tudo isto, aprendendo imenso?

Idosos a recuperar, trabalhar e cuidar dos filhos ao mesmo tempo, reinventar os negócios, criar novos produtos, inventar vacinas em tempo recorde, algumas empresas a crescer, fabricas transformadas, digitalização dos serviços, teletrabalho onde era impensável, duplicação da capacidade dos sistemas de saúde, profissionais de saúde que parecem autênticos “Hulks” a salvar vidas… serão precisos mais exemplos, para fazermos o “shift” ao nosso discurso?

Precisamos de esperança, muita esperança!

É fundamental que cada um se foque no seu papel na sociedade e no contributo positivo que poderá dar. Temos de ativar o nosso espírito solidário, temos de ativar as associações, temos de ativar as coletividades, temos de ativar a boa vingança, temos de ativar as hortas, temos de ativar o desporto, temos de ativar o conhecimento, temos de ativar a criatividade, temos de ativar a cultura, temos de ativar Portugal. 

Temos de ter esperança e isso depende da “positividade” e paixão, com que encaramos tudo aquilo que fazemos no nosso dia-a-dia.

Vamos lá acordar amanhã e depois de amanhã com muita, mas mesmo muita esperança!